Dionísia Gonçalves Pinto, conhecida pelo pseudônimo Nísia Floresta Brasileira Augusta, foi uma escritora, educadora e poetisa nascida na cidade de Papari, no Rio Grande do Norte, no ano de 1810, cidade que hoje leva o nome de Nísia Floresta, em sua homenagem. É filha de Dionísio Gonçalves Pinto Lisboa, português liberal e de personalidade progressista, e da brasileira dona Antônia Clara Freire, tida como uma mulher inteligente e carinhosa, porém enérgica quando necessário. Nísia passou sua infância no Sítio Floresta, em sua cidade natal, mudando-se para o interior de Pernambuco, na cidade de Goiânia, tendo em vista que no Rio Grande do Norte, a partir de 1817, irromperam as primeiras rebeliões contra a coroa Portuguesa, fazendo com que o pai de Nísia fosse fortemente hostilizado pelos habitantes da cidade, pois ostentava a condição de natureza portuguesa.

 

Cada palavra em seu pseudônimo carrega um significado: Nísia o final do seu nome de batismo Dionísia, Floresta seria uma homenagem feita ao sítio onde nasceu, Brasileira uma necessidade de afirmar o seu nacionalismo, mesmo tendo vivido quase três décadas na Europa, e Augusta é uma homenagem ao segundo companheiro, Manuel Augusto de Faria Rocha, pai de seus filhos, com quem se casou em 1828. É considerada uma pioneira do feminismo no Brasil e foi provavelmente a primeira mulher a romper os limites entre os espaços públicos e privados publicando textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda engatinhava. No período em que esteve no interior pernambucano, Nísia publicou seus primeiros textos voltados para o público feminino, no jornal Espelho das Brasileiras. Nesses periódicos, ela evidenciava sua preocupação com a educação das mulheres no século XIX, traçando comparativos com a antiguidade. Criticava o fato de que os meninos recebiam uma carga de conhecimento em diversas áreas do ensino maiores do que as meninas, a quem era ministrado apenas as operações básicas da matemática, línguas e bordado. Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.

Mausoléu de Nísia Floresta
Escultura da Escritora Nísia Floresta
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